Certa vez, o então faixa-preta Rickson Gracie deu vasta e minuciosa entrevista nas páginas de “Gracie Magazine” sobre sua carreira, ideias e filosofias. Em sua casa na Califórnia, o ídolo do Jiu-Jitsu falou sobre o papel dos instrutores e sobre a missão essencial dos responsáveis pelo ensinamento da arte.
“A vida do artista marcial é, primeiramente, servir. É ajudar, é ser uma pessoa que participa da comunidade”, ensinou o Gracie.
“O artista marcial então tem de ser uma pessoa positiva, e não um indivíduo que insufle a guerra e o confronto. Uma pessoa que através desse poder — que é o poder da técnica e o poder das ideias — consiga beneficiar toda a sociedade, e não só seu círculo de alunos.”
Rickson detalhou: “Vejo que minhas funções como lutador e professor sempre foram similares. A imagem deturpada que as lutas carregam faz as pessoas crerem que nossos objetivos são apenas um nocaute, uma vitória, um troféu. Mas, quando você aprende a enxergar a arte marcial como um todo, você então aprende a aceitar uma derrota; a perdoar um adversário; e a ser mais paciente e equilibrado. Você aprende também a pedir desculpas da mesma maneira que não corre do pau se o caldo entornar”.
Para Rickson, tudo que se aprende na academia, treinando, perguntando ou ensinando, pode ser transferido para a vida lá fora.
“É aí que você percebe a missão essencial do professor”, acrescentou, “ao perceber que a pessoa mais fraca da academia é também o que mais precisa de ajuda, e é o aluno ou aluna que vai dar mais gratificação em troca quando você alterar sua vida. Às vezes, no meio de toda a nossa riqueza de informações acerca do Jiu-Jitsu, os professores deixam passar essas alegrias e apenas focam em ensinar o cara a ganhar campeonato e a ser durão, mas nossa missão vai muito além”.
Comentários
What is that move Mestre Rickson is using?
We share your vision of empowering the weak and giving them hope!
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