Se você vem se sentindo minado no corpo e na mente, há um exercício perfeito para realizar nos tatames antes de treinar: trata-se de inalar lentamente o ar, antes de puxar outra respiração mais curta para inflar os pulmões completamente e, em seguida, expirar o ar o máximo possível.
Quem indica ao menos cinco minutos diários desse exercício rápido, vital e, para melhorar, a custo zero, não é o mestre Rickson Gracie nem um instrutor de ioga.
São os cientistas da prestigiada Universidade de Stanford, em Palo Alto, Califórnia, por acaso ou não instalada não muito longe do dojo de Rickson.
De acordo com Melis Yilmaz Balban, pesquisadora de Stanford e autora do estudo, os benefícios são de fato para todo o corpo, e para todo tipo de pessoas, atletas ou sedentários:
— Nossa compreensão dos efeitos da respiração no cérebro e no corpo deve permitir que práticas específicas de respiração apoiadas pela ciência sejam projetadas para melhorar a tolerância ao estresse e o sono, aumentar a energia, o foco e a criatividade e regular os estados emocionais e cognitivos — disse a cientista, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.
No estudo, foram recrutados 108 participantes por um mês, divididos em quatro grupos. O primeiro grupo, de 30 voluntários, praticou o exercício de respiração chamado suspiro cíclico, explicado acima, todos os dias, por cinco minutos.
Os demais realizaram outros exercícios, como prender a respiração ou meditar sem atenção maior ao ato de inspirar e expirar. Ao fim do mês, todos os participantes relataram melhorias no humor, ansiedade e frequência respiratória. As técnicas respiratórias, contudo, tiveram um desempenho melhor que a meditação, sendo o suspiro cíclico a primeira da lista.
Entre os benefícios do exercício diário, os pesquisadores registraram melhora no sono e redução no estresse durante o dia. Os resultados foram publicados na revista científica Cell Reports Medicine.
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