Transformando artes marciais em 'artes de conquista' para todos (parte 3)

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E se vivêssemos num mundo ideal em que toda pessoa que pudesse beneficiar-se do aprendizado do jiu-jítsu o aprendesse de fato? Tivemos a oportunidade de conversar com Rickson em dezembro passado, e parece que ele tem pensado intensamente a respeito, desde muitos anos. Leia abaixo a última parte de sua resposta sobre o conceito do jiu-jítsu como "arte de conquista". Se você perdeu a segunda parte, pode encontrá-la aqui

"Minha ideia de artes de conquista é apresentar pessoas a suas próprias necessidades sem obrigá-las a ter que competir para alcançar isso. Portanto elas vão praticar, vão entender as manobras, vão começar a acreditar em si próprias, pois é uma prática — a pessoa precisa saber como levantar o peso, como desviar a energia ou escapar. Portanto, a prática não é só uma prática inteligente, mas eficaz. Mas para que ele faça isso, ele não precisa lutar. Portanto as artes de conquista vão te transformar num experto em entender o jiu-jítsu, mas não vão te dar direito nem a uma faixa azul, pois a faixa azul é para gente que luta com outros faixas-azuis, que compete pra obter uma faixa roxa. Portanto, o sistema de faixas se aplica aos aspectos competitivos. 

"Mas o jiu-jítsu conceitual, a arte de conquista, vem só duma prática para te iluminar em seu ser sensorial. Você vai desenvolver os sentidos; você vai desenvolver um melhor senso de oportunismo, um melhor senso de visão, sensibilidade, respiração, ângulos, potência de alavanca, manobras; e isso vai te aprimorar numa camada muito profunda, sem pedir que você vire lutador. E à proporção que você entrar neste processo, vai começar a descobrir coisas sobre si; você vai se surpreender com quão forte, quão poderoso você é sem ter que lutar; e isso te dará, definitivamente, uma chance melhor de buscar felicidade e tudo mais que tenha em mente."


Comentários

panikkosar Avatar
panikkosar comentou:

Great

24 de março de 2022, 04:23