Rickson Gracie fala da hierarquia e do legado da família (parte 1)

Certa vez, Rickson fez questão de dizer, durante uma discussão sobre membros importantes da família Gracie: "Se vamos falar de importância, precisamos falar do Reyson". O fato de seu primo não ser tão bem conhecido quanto outros Gracies, é claro, não influencia a firme filosofia de Rickson acerca de hierarquia. Tivemos o prazer de ouvi-lo falar dessa filosofia numa entrevista recente. Leia abaixo a primeira parte de seus comentários. 

"Quando a gente nasce Gracie, você começa a entender sua posição na corrente, sua habilidade de aprender, de buscar, admirar os membros mais velhos, que são relevantes para o seu legado. E, claro, o nome do Reyson, do Robson, do Carlson, eles estão sempre envolvidos em todo conto de jiu-jítsu, pois...

"Sinto, por exemplo, que o Reyson é um cara que eu nunca vi competir de quimono, nunca o vi num torneio, nunca o vi fazendo nenhum treino oficial ou... Mas sempre o vi confrontando leões de chácara grandalhões nas boates, lutando na rua, lutando na praia, representando o nome, sendo muito corajoso e criando situações que, sabe?, ele cria uma comoção na cidade, pois ele luta com alguém na praia, na Praia de Ipanema, com milhares de pessoas vendo. Portanto, tenho muito respeito pela coragem que ele tem, o coração, as técnicas, porque ele é um guerreiro muito afiado. E tenho muito respeito pela persona dele.

"A mesma coisa do nosso patriarca no momento, Robson Gracie: ele é um cara que lutou, em sua época, MMA, vale-tudo; ele sempre ensinou jiu-jítsu; ele é um ótimo sujeito em termos de espalhar o legado e o nome do jiu-jítsu. E essas são figuras importantes pra mim em termos da corrente."