Não é somente no UFC e no boxe que a peça reluz. No Jiu-Jitsu, em algumas corridas de carro e até no golfe, os grandes vencedores volta e meia levam um belo cinturão cintilante para casa.
Mas como surgiu esta tradição clássica dos ringues?
O primeiro lutador conhecido por ganhar um cinturão foi Tom Cribb, na Inglaterra, em 1811. Após castigar Tom Molineaux numa luta de mãos peladas, Cribb foi agraciado com um pomposo cinto pelo rei Jorge III, do Reino Unido. A peça era bem diferente dos cinturões modernos — fora confeccionado com pele de leão e era enfeitado com as garras do animal.
A ideia de um cinturão para os campeões, contudo, vem de mais longe. Na Grécia Antiga, conforme conta a mitologia, a primeira pessoa a ser agraciada com tal prenda foi uma mulher. Ares, o deus da Guerra, presenteou sua filha Hipólita, a respeitada rainha das amazonas, com um cinturão mágico.
Essa tira mágica renderia uma briga das boas, quando o semideus Hércules, num de seus famosos 12 trabalhos, recebeu como missão roubá-la da guerreira Hipólita. Os séculos passaram e todo fã do esporte se acostumou a vibrar com outros semideuses, heróis e heroínas a tentar, com socos e armlocks, tomar o cinturão de seus rivais.
O cinturão se consolidaria no boxe graças a uma ideia do jornalista americano Richard Fox, que decidiu presentear o campeão peso pesado Jake Kilrain, ainda no século XIX.
Em 1922, com a morte de Fox, o jornal “The Ring” instituiu os cintos como prêmio para cada campeão de categoria. Há exatos cem anos, portanto, o cinturão passava a ser um acessório tão clássico nos guarda-roupas dos lutadores como o roupão e as luvas, e um objeto de cobiça de qualquer campeão que se preze.
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Comentários
Cool story
Great history lesson on the belt.